As novas tecnologias entram gradualmente na indústria têxtil, quebrando os códigos das técnicas tradicionais. O que parecia ficção científica há apenas alguns anos é agora uma realidade, mudando a forma como as nossas roupas são concebidas, fabricadas e até usadas.
Um breve resumo destes avanços, que poderão redefinir o futuro dos têxteis.
Rumo à moda conectada
Imagine usar um casaco que pode controlar a sua música ou atender as suas chamadas simplesmente tocando na manga. Parece-lhe futurista? No entanto, isto já é uma realidade, graças aos têxteis inteligentes. Vejamos o exemplo do casaco Jacquard, uma colaboração entre a Google e a Levi’s, que incorpora fibras condutoras para permitir gerir o seu smartphone sem ter de tirá-lo do bolso. Estas peças de vestuário conectadas, equipadas com sensores, interagem connosco como nunca visto. E isto é apenas o começo! Já se fala de t-shirts que monitorizam o seu ritmo cardíaco ou de meias que o lembram de se movimentar após horas de inactividade.
Têxteis feitos por medida à mão de semear
Imagine poder criar vestuário ou acessórios por medida, com desenhos tão complexos quanto quiser, com apenas alguns cliques. É exactamente isso que a impressão 3D pode fazer nos têxteis. A Adidas, por exemplo, utiliza esta tecnologia para fabricar solas de sapatos que se adaptam perfeitamente à forma dos pés. Cada peça pode ser única, o que representa uma verdadeira mudança para quem procura personalização no seu guarda-roupa.
Uma moda mais respeitadora do planeta
Os avanços tecnológicos não se limitam à concepção do vestuário. A forma como são fabricadas também está a evoluir, nomeadamente em termos de tingimento. Estão a surgir novos processos que utilizam menos água. Em particular, assistimos à chegada da tinta à base de CO2 supercrítico, que permite colorir os têxteis sem desperdiçar toneladas de água. O resultado? Menos impacto no ambiente e cores que não se comparam aos métodos tradicionais.
Fibras inovadoras
Porquê manter as fibras tradicionais quando se pode inovar? Actualmente, os materiais de origem biológica, como o milho e o bambu, estão a tornar-se alternativas atractivas às fibras sintéticas. Estas novas fibras não são apenas ecológicas, como também têm um melhor desempenho. Estamos a falar de roupas mais leves, mais resistentes e, por vezes, até com propriedades antibacterianas. Em suma, combinam conforto, sustentabilidade e respeito pelo ambiente.
A moda torna-se digital
E não é tudo! A digitalização também está a revolucionar a forma como as roupas são produzidas. Com a automatização e a inteligência artificial, o fabrico de têxteis tornar-se mais rápido e exacto. Os robôs encarregam-se do corte e da montagem, reduzindo os erros e optimizando a utilização dos recursos. Isto significa que as marcas podem responder às tendências em pouco tempo, oferecendo colecções quase em tempo real.
Lembre-se que falámos sobre isto no nosso artigo sobre IA: A nossa nova superestrela têxtil!
Em resumo, a indústria têxtil está a viver um período emocionante em que a inovação e a sustentabilidade andam de mãos dadas. Quer se trate de vestuário inteligente, impressão 3D ou tintas mais ecológicas, as possibilidades são infinitas. E a melhor parte? É que estes avanços estão apenas a começar, prometendo um futuro da moda que é tão entusiasmante quanto responsável.